A publicação brasileira.

Nona Arte quarta-feira, 20 de agosto de 2008 – 4 comentários

Olá, eu sou o ricardus. Mas como ninguém quer saber de mim, vamos falar de gibis.

Let’s talk about.

Recentemente eu recebi uns gibis importados aqui em casa. De início você fica muito empolgado com a qualidade dos quadrinhos lá de fora. Capas, organização, efeitos, etc. Mas por coincidência, eu tenho os mesmos quadrinhos na versão brasileira. Depois de fazer uma comparação dos dois a idéia que fica é que a diferença entre os dois não é só a data de publicação (o Brasil tem mais ou menos 1 ano de atraso em relação aos EUA).

A edição X-men Giant-Sized 80 (publicada no Brasil como Os Fabulosos X-men 50) é um exemplo disso. Considerada uma edição especial, ela comemorava o aniversário de 35 anos dos X-men. A capa dela é toda trabalhada com brilho, passando uma percepção de imagem viva. A pele do Colossus tem um efeito metálico assim como partes das roupas do Wolverine e do Noturno. A Tempestade também é lembrada, seus raios são ilustrados com um brilho azul bem intenso. A revista ainda conta com páginas adicionais, mostrando alguns desenhos de comemoração.

A mesma edição publicada no Brasil também é comemorativa. O desenho da capa é igual ao da versão americana só que não é trabalhado, ele apenas tem uma colorização bem sólida. E a grande jogada da editora em relação a edição comemorativa foi botar um “EDIÇÃO COMEMORATIVA COM 80 PÁGINAS!” na capa e juntar duas edições em uma.
A edição The Uncanny X-men 350 (no Brasil Os Fabulosos X-men 43) também apresenta os mesmos traços e também é comemorativa. A capa se abre formando um capa de 3 páginas com vários personagens, sendo a maioria trabalhado com efeitos. Uma atenção especial as cartas do Gambit, elas estão com um efeito muito bom, parecem que estão sendo energizadas ali mesmo.

No Brasil a capa tem o mesmo desenho, mas é uma capa de uma só página com cores sólidas.
Fugindo da arte. Outro ponto forte é que cada revista contém uma única história. Você não vai achar a X-force perdida nas revistas dos X-men.
Aqui eu compro Superman & Batman e tenho que aturar as histórias do Aquaman no meio da revista. Os gibis aqui tem o costume de juntar 3 ou 4 histórias em uma única edição, deixando a revista um pouco mais grossa.
A publicidade americana também é notável. Enquanto lá temos publicidade de jogos, filmes e várias outras coisas bacanas, aqui temos só publicidade de produtos da mesma editora.
Batman the Dark Knight não teve nenhuma divulgação na revista mensal do Batman. Só apareceu como segundo plano numa promoção da Claro.

Mas por fim, não da pra ficar falando de publicação brasileira sem falar da Panini, que hoje manda praticamente em todo o mercado brasileiro de quadrinhos.
Eu não vou culpar a Panini por tudo o que citei acima, até porque, isso não é coisa recente.
Mas a Panini pegou o bonde andando quando comprou a Marvel e a DC e deixou ele andar no mesmo rumo.
As capas continuam mortas e sem nenhum atrativo, as revistas ainda são juntas e editora ela só anuncia ela mesmo.
Claro que tenho que dar o braço a torcer e dizer que as edições comemorativas da Panini são legais, pois geralmente vem um pôster do Alex Ross. Mas fica nisso e só.

Ainda falando da Panini, como a maldita tem a Marvel, a DC e muitos mangás no lado dela, ela pode fazer qualquer serviço de merda que ainda vai estar no lucro.
Já não existe mais guerra de gibis no Brasil, e nem comics x mangas. Com essa publicação horrível, já já os quadrinhos passam a ter menos valor do que já tem hoje em dia, se é que isso é possível.

Té mais.

Dragon Ball, a Bomba: Chi Chi será uma patricinha!

Cinema terça-feira, 05 de agosto de 2008 – 6 comentários

Eis que Jamie Chung, a Chi Chi do filme Dragon Ball, revelou na Comic Con deste ano que sua personagem vai ser completamente o oposto do que ela é no anime.

Chi Chi, a mulher do Goku, também conhecida como mulher mais forte do mundo, chuta bundas no anime. Ela bate no marido, manja? No filme, Chi Chi vai ser uma patricinha que namora um esportista e vive uma vida perfeita, PORÉM sua paixão é a luta.

Bom, isso é uma descaracterização fodida, é fato. Porém, não é para se esperar nada deste filme, a não ser que você tenha gostado de Mortal Kombat. Mas, se continuar assim, vão falar que o Yamcha é geek, que a Bulma roda bolcinha e que o Piccolo era GoGo Boy antes de querer dominar o planeta.

Dia 3 de abril a bomba vai explodir.

Cinema Nacional 2008 – Alguém Viu?

Primeira Fila sexta-feira, 25 de julho de 2008 – 15 comentários

Ainda fazendo um balanço deste 1º semestre de 2008, dêem uma observada na listagem de filmes brazucas lançados nestes primeiros seis meses e suas respectivas bilheterias. Os números são de um boletim da Filme B – não um boletim final do semestre, vale dizer, porque foi divulgado no final de junho, antes do semestre de fato terminar. É de chorar…

Meu Nome Não é Johnny – 2.115.000 espectadores;
Chega de Saudade – 164.770 espectadores;
Polaróides Urbanas – 85.000 espectadores;
Estômago – 69.418 espectadores;
O Banheiro do Papa – 28.139 espectadores (co-produção Uruguai, Brasil e França);
Garoto Cósmico – 26.000 espectadores;
Maré, Nossa História de Amor – 21.662 espectadores;
Juízo – 12.000 espectadores;
Bodas de Papel – 10.899 espectadores;
Falsa Loura – 6.310 espectadores;
Condor – 4.664 espectadores;
Cinco Frações de uma Quase História – 4.315 espectadores;
Cleópatra – 3.830 espectadores;
Valsa para Bruno Stein – 3.010 espectadores;
Longo Amanhecer – Cinebiografia de Furtado – 2.958 espectadores;
Serras da Desordem – 2.744 espectadores;
Fim de Linha – 1.811 espectadores;
Corpo – 1.764 espectadores;
O Tempo e o Lugar – 1.434 espectadores;
O Romance do Vaqueiro Voador – 600 espectadores;
1958 – Ano em que o Mundo Descobriu o Brasil – 588 espectadores;
Otávio e as Letras – 513 espectadores;
Atabaques Nzinga – 141 espectadores;

Alguns comentários…

>>> Vale lembrar que boa parte desses filmes ainda está sendo exibida nos cinemas, ou seja, seus números devem aumentar nos próximos dias, ou semanas, ou meses;

>>> Uma grande parcela destes lançamentos acima são de documentários, gênero que por si próprio fica restrito a um pequeno circuito (quando é lançado nos cinemas);

>>> O abismo de público entre o 1º colocado – Meu Nome Não é Johnny – e os demais;

>>> Qual seria a receita para um filme com apelo popular e boa história?

>>> De vez em quando acredito que o cinema brasileiro vive de fenômenos (filmes que gerem grande bilheteria), nunca será uma indústria auto-sustentável. Não esqueçam que a maioria dos filmes possui verba pública na sua realização;

>>> No entanto, se eles conseguem verba pública, como o governo ainda não conseguiu criar uma politíca de exibição dos mesmos? Apesar que isto cheira a lei que obrigaria os cinemas a exibirem os filmes, e não ao público mudar de atitude e assitir a mais filmes nacionais (polêmica esta questão!);

>>> E por último, vocês não têm a impressão que a grande maioria dos filmes parece ser feito somente para ser um tipo de “filme cabeça” ou cult? Não vejo uma atitude pró-público de criar interesse em assistí-lo, isto desde a divulgação de notícias pré-produção, filmagens e pôsters, não se trabalha com expectativa de lançamento do filme, assim fica difícil criar um elo entre o público e o filme antes mesmo da estréia (olha o exemplo de Tropa de Elite, mesmo com toda pirataria – e foi grande – o filme criou antes mesmo de sua estréia uma expectativa positiva, sendo que um grande público esperou pela seu lançamento nos cinemas para conferí-lo).

Overdose Adaptações: Nome Próprio (Pior Filme da Galáxia)

Cinema quinta-feira, 17 de julho de 2008 – 26 comentários

Bom, o que eu vou contar agora é uma experiência que me fez chegar á conclusão de que eu não devo assistir a NENHUM filme brasileiro que não tenha o nome ou a recomendação do ilustre Tiago Belotti. E isso é absolutamente sério: Eu não quero ver um filme brasileiro NUNCA MAIS.

Nome Próprio é a adaptação dos livros Máquina de Pinball e Vida de Gato, de Clarah Averbuck, para as telonas. Se liga na sinopse:

Nome Próprio é um filme sobre um corpo que constrói sua narrativa. Nome Próprio conta a história de uma jovem mulher que dedica a vida á sua paixão, escrever. Camila é intensa, complexa e corajosa. Para ela o que interessa é construir uma trajetória como ato de afirmação da sua singularidade. Sua vida é sua narrativa. Construir uma narrativa digna o suficiente para que escreva sobre ela. Nome Próprio é um filme sobre a paixão de Camila. De sua busca por redenção. Quer a literatura como ato de revelação. Para tal, cria vínculos. Carente, os destrói. Por excesso. Por apego. Por paixão. Nome Próprio é o olhar sobre uma personagem feminina que encara abismos e, disso, retira os amparos que necessita para existir. Para Camila, a vida floresce das cicatrizes de seu processo de entrega absoluta e vertiginosa.

Eu fui convidado para assistir ao filme em uma sessão fechada só para blogueiros, e aí você me pergunta: Se você não é blogueiro, o que você estava fazendo lá? Bom, a minha namorada tem blog, e foi ela quem ganhou um par de convites – eu fui de trouxa, mesmo. Essa sinopse já afastou completamente a possibilidade de o filme ser bom, mas ok, é um filme independente nacional. Aí eu apóio, então fui prestigiar a película. E nunca mais vou perdoar a minha namorada, aos blogueiros presentes e a mim mesmo por isso.

O filme já começa com a Leandra Leal sentada, completamente pelada, mas não aparece muita coisa. Ela é expulsa de casa pelo atual namorado após o puto descobrir que ela chifrava ele, e Camila ainda tem a manha de CULPAR O CARA. Mas enfim, foco na Leandra Leal pelada: Pegue qualquer filme da Emanuelle. Qualquer mesmo. A Leandra Leal aparece pelada mais vezes aqui do que a Emanuelle em qualquer filme. É claro que eu não estou reclamando dessa parte, foi realmente muito bom conhecê-la á fundo – literalmente, e eu já explico por quê -, PORÉM, eu não estava em uma sessão de um filme pornô. Eu esperava ver um filme com conteúdo, e não um filme que abusa da nudez de uma gostosa por não ter porra de conteúdo nenhum.

ORRÔ!

É óbvio que a personagem é uma porra louca e tudo mais, mas isso não justifica a PORNOGRAFIA ABUSIVA deste filme. Há uma cena de pelo menos quinze minutos onde um cara a pega completamente bêbada e tenta comê-la. Ele está pelado, tentando tirar sua roupa, em uma cena completamente amadora e desnecessária. Em outra cena, ela dá pra um cara na praia. Assim, do nada. Mas já que o assunto é “desnecessário”, a parte mais imbecil do filme é quando ela se hospeda na casa de um leitor. O cara é um tremendo nerd – se parece muito com o Pizurk, o estagiário E secretária eletrônica, aliás – e tenta embebedar a garota para comer, óbvio. Ela até pede o notebook do cara em troca de um boquete. Enfim, o fato é que o cara espera ela dormir, tira a calcinha dela, tira fotos, se masturba e deposita a porra em um pote CATALOGADO. Tudo isso, meus amigos, exatamente TUDO ISSO devidamente exibido, e com closes. COM MALDITOS CLOSES! Você acaba de dizer OI ao clitóris da Leandra Leal e já se depara com um CACETE jorrando PORRA. Mais banal, desnecessário e perturbador que isso, impossível. Definitivamente, o auge do filme.

Deixando a putaria de lado, outro ponto totalmente odiável por este que vos fala é um dos assuntos principais no filme: Blogs pessoais. A protagonista tem um, e fala dos podres dela por lá, muitas vezes em forma de poema. Inclusive, as partes mais “PUTA MERDA, QUE TÉDIO!” do filme são as que ela está escrevendo posts. Bom, esses trechos só reforçam a minha teoria de que quem tem um blog pessoal é extremamente imbecil, tendo em vista que NINGUÉM quer ou PRECISA saber da sua vida pessoal, muito menos quando você conta a vida de alguém. É como os fotologs: Fotos PESSOAIS vão para ÁLBUNS DE FOTOS. Mas bem, acho que o lance genial deste filme é botar uma junkie em um blog pessoal, afinal, tudo a ver.

Também vale frisar que todos os atores do filme são péssimos, mas isso se torna irrelevante quando o filme em si é uma merda. Não sei se foi culpa do diretor, do roteirista, da Clarah Averbuck ou dos pais desses sujeitos. Sei que Nome Próprio é um filme desnecessário, banal, idiota, exagerado e ruim. É por isso que o cinema brasileiro basicamente não tem destaque nenhum mundialmente. Cinema é arte, não é essa merda. Pelo menos é o que eu acho.

O filme vai ser exibido em pouquíssimas salas e ainda estréia na mesma semana que Batman – O Cavaleiro das Trevas, então, acho que minhas esperanças de que NINGUÉM veja este filme são grandes. E espero que quem esteja afim de ver este filme tenha lido esta resenha e se convencido. Olha, vá assistir Wall-E, que é a melhor animação da história. Ou, se você prefere cinema arte mesmo, vá assistir Maus Hábitos, um PUTA filme mexicano, completamente acima das expectativas. Você tem muitas escolhas, e se eu fosse você eu deixava esse patriotismo de lado agora. Nome Próprio não é só o pior filme brasileiro, mas é o pior filme da história.

HAHAHAHAH, eu nem SABIA da existência dessa foto. OLHA a minha empolgação.

Em tempo: Olhem o que a autora dos livros adaptados para o cinema disse sobre as críticas que os blogueiros que ela convidou para assistir ao filme AQUI, ó.

Nome Próprio

Pior Filme da Galáxia (130 minutos – Drama)
Lançamento: Brasil, 2007
Direção: Murilo Salles
Roteiro: Elena Soarez, Murilo Salles e Melanie Dimantas, baseado nos livros “Máquina de Pinball” e Vida de Gato”, de Clarah Averbuck, e em textos publicados pela autora em seu blog pessoal
Elenco: Leandra Leal, Juliano Cazarré, Alex Didier, Munir Kanaan, David Katz, Rosane Mulholland, Ricardo Garcia, Gustavo Machado

Os 9 piores filmes da galáxia

Cinema quarta-feira, 09 de julho de 2008 – 0 comentários

Sabe, ser pseudo-cinéfilo não é fácil. Você passa a semana inteira correndo atrás do que assistir no fim de semana, além de torrar uma grana com cinema, locadora e com a sua coleção de DVD’s.

Os filmes geralmente duram de 90 a 120 minutos, o que dá uma hora e meia ou duas horas, pra você que não sabe fazer contas. Pois bem: Nem tudo é uma sétima maravilha para o pseudo-cinéfilo. Por muitas vezes, você acaba perdendo duas horas da sua vida com um filme muito, mas MUITO ruim. E o PIOR: São duas horas que não voltam mais.

Então, foi pensando em poupar cerca de 18 horas da vida de vocês que tive a idéia de fazer um top 9 com os PIORES filmes da galáxia. Porém, o que é “pior” pra você? Como listas são feitas para discordar, este top nove não consistirá em filmes totalmente RUINS – mas cada um terá a sua explicação de estar numa lista dessas. A idéia é atingir a todos os gostos. E como seria bem óbvio, não espere ver o Uwe Boll na lista.

Bom, então, só pra deixar bem claro: Isso não é um top 10.

9. Motoqueiro Fantasma
8. Teeth
7. Blade, O Caçador de Vampiros
6. Tempos de Violência
5. Vingança Final
4. Entrevista com o Vampiro
3. O Sacrifício
2. Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja á América
1. Nome Próprio

O pagode foi ou não a pior coisa dos anos 90?

New Emo quarta-feira, 16 de abril de 2008 – 33 comentários

Olha, eu me lembro perfeitamente do tempo em que comecei a ouvir música. MÚSICA, manja? Depois, com o tempo, aquela velha má influência de novos amigos me levaram para o lado distorcido da música; mas eu posso pôr a culpa na “infância”, é claro. Ou nos meus pais.

O fato é que eu passei uns dois, três ou quatro anos da minha vida ouvindo Pagode. Eu devia ter uns 12 anos, mas me lembro perfeitamente. Eu realmente gostava, mas, na boa: que deprimente. Quando se amadurece, você percebe a cagada que fez com seus ouvidos.

Eu não consigo acreditar que eu ouvia uma coisa dessas, cara. Tá certo que não era essa a minha especialidade…

Pois é, eu tinha um CD Ao Vivo do TERRA SAMBA. Olha a roupa desse cara. E repara que naquela época – ou Só nesse grupo – as gostosas não empolgavam tanto assim. Esse passo poderia ser repetido numa festa de fim de ano em um colégio de freiras que não teria problema algum.

Pois bem, deixando a minha vergonha de lado, vamos falar sobre uma vergonha nacional. Pra resumir, posso dizer exatamente o que eu disse aqui, há uns dois anos atrás:

O pagode foi uma das piores merdas que tiveram o prazer de cagar nesse mundo. Letras melosas e chorosas se unem á mesma velha batida no pandeiro. Aliás, é sempre a mesma coisa. É claro que há algumas diferenças, mas é sempre a mesma coisa.

Pra se ter um grupo de pagode, basta você ter um nome meigo, como “Lindinho”, “Docinho” ou “Florzinho” e juntar 38 pessoas, sendo que uma delas tem que saber tocar pandeiro e outra (ou a mesma) tem que saber tocar cavaquinho. As outras 36 pessoas só vão dançar com um sorriso maroto estampado no rosto e, é claro, as danças são sempre as mesmas: umas balançadinhas com os dedos, uma viradinha, um passo pra frente e outro pra trás e uma reboladinha. Alguns grupos vão mais além, colocando todo mundo sentado em bancos (ou todos em um banco só), aí é só estampar o sorriso e ser o mais desprezível possível. Outros grupos já vão bem mais além, como Os Travessos, que simplesmente abandonaram todos os outros integrantes e tudo que vem da origem “pagode”, e colocaram um baterista, um guitarrista, um baixista e um tecladista. NEW PAGODE, eu diria. Mas o básico de ser um pagodeiro é ser bêbado, ter problema com drogas, no cérebro, ter um órgão a menos ou apenas se vestir com uma blusa rosa com cacharrel e uma calça branca. Mas quanto o mais fodido (no sentido físico, é claro) você for, mais pagodeiro você é.

As letras são fáceis. Basta você escrever algo bonitinho e ridículo e incluir milhares de gritos, como o famoso LALAIÍÍÍÍÍÍÍÍÍ. Tudo que você precisa é ter paciência pra escrever uma bosta dessas.

Não é FATO? Essa é a descrição perfeita e detalhada do assunto, véi.

O Pagode herdou a pior parte do Sertanejo Contemporâneo (a cornice, afinal, isso era CLÍSSICO nesse tipo de som) e deu uma “renovada” no samba, tirando seu lado raíz, acrescentando alguns objetos (como vibradores) e, bem, eu não faço IDÉIA de onde eles tiraram aquele visual.

Ainda temos grandes figuras do Pagode como o ilustre Belo, que ainda está preso, se eu não me engano. Alexandre Pires, saudades do SPC. Agora o cara deixou de lado sua raíz e partiu pro lado mais POP da coisa. Onde ele estiver, é claro, se ele ainda não morreu. Morreu? Eu diria que Alexandre Pires é imortal. E o cara é a VERGONHA do Pagode levando em consideração a seguinte frase: “to fazendo amor com outra pessoa“. Inovador, foi a PRIMEIRA vez que um Pagodeiro botou chifres em alguém – e eu não duvido que esse alguém seja um pagodeiro.

Enfim, o Pagode não passa de um “o Samba já era, vamos dar um jeito de deixar esse som mais adequado aos ouvidos desse povo hoje em dia”. Uma FEBRE, acompanhada ainda pelo Axé, outra ramificação do Samba que conta com outras misturas que serão citadas em uma outra coluna em um outro site. Ou seja, se por um lado tivemos o Grunge; por aqui, em NOSSA CASA, tivemos o Pagode. Ao contrário dos anos 80, os anos 90 sim foram a década perdida. Tanto que um outro grande hype da época era anunciar o fim do mundo.

Em relação á sonoridade, o Pagode não inova e nem merece elogios. Letras? Idem, merecem até xingamentos. Colaboração para a cultura nacional? Eu diria que o Pagode ENVERGONHOU a nossa cultura. Bom, muitos sambistas raíz, daqueles que teriam idade para serem, sei lá, o Yoda, concordam comigo que, musicalmente falando, o Pagode é uma vergonha. Mas não precisa ser sambista raíz pra concordar, afinal, até VOCÊ concorda.

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