Estréias da semana – 21/01

Cinema quinta-feira, 20 de janeiro de 2011 – 3 comentários

Zé Colméia – O Filme (Yogi Bear)
Com: Anna Faris, Justin Timberlake, Dan Aykroyd, T.J. Miller, Nathan Corddry, Tom Cavanagh
Mais uma adaptação de desenho animado que a galera via quando era pirralho pro cinema. Na história que todo mundo sabe, Catatau e Zé Colméia [Nome se acentua conforme quem batizou definiu, me chupem.] só querem roubar comida dos visitantes do parque Jellystone, além de aloprar o guarda Belo [Smith é meu pau de óculos.]. Só que o prefeito resolve vender o parque, e eles terão de se unir, pra não perderem sua casa e seu emprego, respectivamente. Ah, é, tem a Anna Faris pra ver se melhora o filme. Não deu muito certo.
O desenho nunca teve muita graça, mas pelo visto o filme conseguiu cagar na cabeça dos fãs. continue lendo »

Zé Colmeia – O Filme (Yogi Bear)

Cinema quinta-feira, 20 de janeiro de 2011 – 0 comentários

 Zé Colmeia (Sem acento, hein? Lembrem da palhaçada da reforma ortográfica) e Catatau vivem tranquilamente no parque Jellystone, onde a grande atividade deles é roubar a comida dos visitantes do parque, já que eles dois não são ursos normais, não pescam sua própria comida e não hibernam; eles são mais parecidos com humanos, pensam e agem como humanos. Foram abençoados com inteligência humana e até falam. Tudo para o terror do guarda Smith, que toma conta do parque, que está cada vez mais sem visitas, o que leva o prefeito da cidade a querer fechar o parque e vendê-lo, para equilibrar as contas públicas. Agora cabe a Zé Colmeia, Catatau, o guarda Smith e sua amiga Rachel o papel de tentar salvar o parque que eles tanto amam.

Mais uma adaptação dos desenhos da prestigiada empresa de animações Hanna-Barbera (William Hanna e Joseph Barbera). Já tivemos os fracos filmes do Scooby-Doo e o mais fraco ainda filme d’Os Flintstones. E Zé Colmeia não é muito diferente: fraco, sem graça, com razoáveis efeitos especiais e desnecessário. continue lendo »

Como Hanna-Barbera dominou o mercado das animações

Televisão quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 6 comentários

A entrada da Hanna-Barbera no mercado de desenhos animados deu uma sacudida no mundo das animações e, para variar, reformulou e revolucionou tudo de novo.

Até hoje, questiona-se os métodos utilizados pelo estúdio, que reduziu drasticamente os custos de produção das animações, provocando crise nos concorrentes e praticamente monopolizando o mercado de desenhos até o início da década de 80.

Para vocês terem uma idéia, até o início da década de 60 para produzir um curta animado de uns 10 minutos, como Pernalonga, ou mesmo Tom & Jerry, eram necessários entre 30.000 e 50.000 desenhos. Sendo um trabalho oneroso, com altos custos e, muitas vezes, sem retorno garantido, mesmo sendo produzidas algumas obras-primas.

Jambo e Ruivão, primeiro sucesso dos Estúdios Hanna-Barbera

Até que Joseph Barbera e William Hanna criaram uma técnica especial, batizada de “animação limitada”, onde uma animação, para ser produzida, utilizava apenas 2.000 desenhos (às vezes até menos que isso), barateando consideravelmente os custos da produção.

O processo era bem pobre e simples. Os personagens permaneciam estáticos, com apenas a cabeça se mexendo para os lados e abrindo e fechando a boca para falar. Para facilitar e disfarçar os cortes dos movimentos, os personagens possuíam adereços no pescoço, como colares e gravatas.

Podem reparar que a maioria dos personagens da Hanna-Barbera possuem essa característica peculiar.

Reparem o cenário repetitivo e a gravatinha de Zé Colmeia, tudo para cortar custos

Outra forma de cortar custos foi a adoção de um cenário meio fixo. Prestem atenção que quando um personagem está andando pela tela, ele passa sempre pela mesma pedra, carro espacial, árvores e por aí vai.

Isso ocasionou críticas de todos os lados, inclusive com um executivo da Disney (sempre eles) afirmando que nem consideravam os estúdios Hanna-Barbera concorrentes. Por ironia do destino, entre o final da década de 50 e início da 60, os estúdios do Scooby contrataram vários desenhistas da casa do Mickey, que haviam sido demitidos para cortar despesas.

Mas caro Bolinha Bonilha, então como eles conseguiram o sucesso e o respeito que possuem hoje?

Oras, com uma coisa simples que Hollywood sempre deixa de lado: um roteiro fácil de entender.

Apesar da precariedade das animações, as histórias e tiradas dos personagens eram garantia de diversão e risadas, além de retratar com humor e uma dose de ironia o que seria o retrato da típica família americana, atingindo em cheio todas as faixas etárias e divertindo crianças e adultos.

Os Flintstones foi o primeiro desenho animado exibido em horário nobre nos EUA

A fórmula fez tanto sucesso que, em 1960, Os Flintstones foi a primeira animação da história exibida em horário nobre na TV americana, reinando absoluta até 1966.

Depois vieram Os Jetsons, Manda Chuva, Jonny Quest, Zé Colmeia, entre outros, até surgir um novo sucesso absoluto para o horário nobre da CBS: Scooby-Doo.

Desafio os noobs a reconhecerem todos os desenhos que passam nesta homenagem

Como já escrevi acima, Hanna-Barbera reinou absoluta até o início da década de 80, seguida por Warner, Universal e Disney, que não davam o mesmo tratamento precário aos seus desenhos e, obviamente, demoravam para produzir suas animações, perdendo terreno para Scooby-Doo e sua turma.

Com a fórmula do estúdio de Jonny Quest já meio esgotada, surgiu nesta época desenhos com temáticas mais adultas, que focavam grupos com super-poderes enfrentando super-vilões, em mundos fantásticos, geralmente extremamente coloridos e enfrentando adversidades, sempre com uma lição de moral no final.

Mas falar sobre esses desenhos é Papo para outro dia e outra coluna.

Afinal, isso aqui tem que durar.

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