Temporada 2009/10 – 3ª Semana
Para não ficar uma coluna muito longa, sou obrigado a dividir esta semana que passou com incontáveis estréias e retornos em dois textos, até porque, sendo um ser humano que trabalha e vive, não terminei de ver todas as séries que gostaria de dar uma espiada, ou mesmo aquelas quais já sou fã.
House 6ª temporada: Confesso que as séries que eu mais ansiava em ver seus retornos eram House e Grey’s Anatomy, devido aos ganchos deixados nos seus finais de temporada. No entanto, o que foi apresentado em House no episódio duplo Broken, era algo inimaginável até mesmo para um fã (nático), como eu.
Foi simplesmente perfeito, podem dizer o que quiserem, que pesaram a mão no drama, que alguns coadjuvantes não tiveram espaço, que houve alguns momentos piegas, porém, no conjunto da obra tudo foi perfeito, o que os roteiristas fizeram foi algo meio a là Lost, quase reinventaram a série, no caso em especifico, o personagem principal e amargo da série. Ou alguém sentiu falta dos coadjuvantes?
Fica, agora, a expectativa para o retorno de House ao trabalho, como será que o médico irá encarar seu ofício sem o sarcasmo e cinismo que são marcas do personagem? E seu relacionamento com os demais colegas? São inúmeras questões que aumentam a expectativa quanto à temporada que se inicia. Bom para os fãs!
Grey’s Anatomy 6ª temporada: Vejo diversas pessoas questionando o retorno de Grey’s Anatomy, vou fazer voz contrária à maioria, gostei, e bastante, da season premiere com episódio duplo. Me emocionei com cada personagem em seu momento de luto (Interessante a abordagem das cinco fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação), gostei da abordagem com passagem de tempo, deu para trabalhar diversas storylines, mas para mim, o grande destaque foi a personagem Dra. Miranda Bailey, que da maneira mais delicada e sensível se vê sofrendo pelos seus “pupilos”, além da sua atual situação de mãe divorciada, e resolve “querer” parar de se envolver com as questões pessoais dos demais médicos e residentes para evitar de sofrer, como se fosse assim tão simples!
A personagem de Sara Ramirez, Dra. Callie Torres, também foi premiada neste episódio, como poucas vezes dentro da série. Se envolveu com a morte de O’Malley (numa cena de arrepiar), viu seu lado profissional ser questinado pelo Chefe e também teve um lado mais leve com sua amizade desinibida com Sloan. Acredito que a série disseminou diversas opções para as tramas da temporada, sendo a mais importante a fusão do Seattle com o Mercy, que vai gerar o surgimento de novos personagens, que devem segurar um pouco, se o roteiro permitir, a peteca das ausências temporárias de Meredith, Izzie e Lexie.
Para não dizer que foram tudo flores, a cena dos personagens rindo do funeral de O’Malley, por mais real que pudesse ser, ainda soa desrespeitosa e exagerada, além disso, fiquei um pouco preocupado quando o roteiro tentou dar uma despistada sobre a morte de O’Malley, o que, obviamente, tirou um pouco do choque dramático da sequência inicial do episódio, outra cena desnecessária.
The Mentalist 2ª temporada: Que o sucesso de The Mentalist, grande surpresa da temporada passada em termos de audiência, é a presença de Simon Baker como Patrick Jane (Ex-vidente picareta, na verdade um observador do comportamento das pessoas e de raciocínio rápido, em busca de vingança contra o assassino de sua família, Red John). Inegavél, inclusive, que este fator rendeu ao ator uma absurda indicação do Emmy de melhor ator – Drama. Neste retorno, a série investe no básico, Patrick Jane cada vez mais obsessivo pelo caso de Red John, o que acaba fazendo o personagem perder o trato com os demais casos e pessoas, sendo assim o caso acaba caindo nas mãos de outro agente da AIC, fazendo Jane antagonizar com o novo agente.
No mais, tudo está da mesma maneira, o restante do elenco é figuração de luxo, inclusive, por culpa do roteiro que não consegue criar identificação dos personagens com o público nem mesmo storylines interessantes para eles, e tudo fica centrado nas deduções, armações e tiradas de Jane, mesmo assim, é uma série policial muito gostosa de ver, sem compromissos.
Criminal Minds 5ª temporada: Um dos poucos episódios da saga da série que achei o caso policial muito fraco e com um desenvolvimento muito aquém das possibilidades, se a intenção dos roteiristas era mostrar as consequências do ataque do Ceifador, Foyet, ao agente Hotch não era necessário criar esta trama paralela envolvendo uma ameaça e um médico e seu filho.
Assim, quando se concentrou definitivamente na storyline de Hotch e a ameaça fantasma do Ceifador, afinal eles, praticamente não tem pista alguma do assassino, que já ficou 14 anos sem matar anteriormente, criou-se um arco instigante que pode ser utilizado durante toda a temporada.
The Forgotten 1ª temporada: O onipresente Jerry Bruckheimer (Produtor de franquia CSI e incontáveis shows policiais) produz mais um drama de procedimento que, claramente, parece um misto de Cold Case com Without a Trace (Duas de suas séries), num enredo um pouco mais simples, mas que não deixa de parecer meio irreal. Um grupo de voluntários assume um caso depois que a polícia não consegue identificar vítimas de assassinatos, os famosos John ou Jane Doe, como os americanos costumam se referir.
O show é o básico com um elenco regular, protagonizado pelo atual Rei dos DVDs, Christian Slater, tem uma produção ok. O sucesso da série que iniciou com uma audiência satisfatória, em torno dos 9-10 milhões, é seu horário tranquilo, tem a concorrência da estreante The Good Wife e do programa de variedades de Jay Leno, que não tem feito muito barulho.
Cougar Town 1ª temporada: Sempre torci para que os atores de Friends conseguissem sucesso em seus projetos após o fim da série. No entanto, senti certa vergonha alheia por Courtney Cox na premiere de Cougar Town. Em menos de meia hora, somos apresentados a Jules (Cox), uma mulher quarentona divorciada, que precisa aprender a lidar com novos relacionamentos, principalmente, com homens mais novos. Para mim, não sei se a intenção dos roteiristas era esta, a personagem parece um misto de Susan, de Desperate Housewives, com um mix das mulheres de Sex and The City.
No entanto, o piloto, apesar do carisma da protagonista e do bom elenco coadjuvante, é meio histriônico, tem um ritmo alucinante, atira para todos os lados, consegue algumas risadas mas, em sua totalidade, parece somente constranger a protagonista e, consequentemente, os espectadores. Torço para uma grande melhora.
Community 1ª temporada: Sitcom que recebeu alguns elogios da imprensa, sobre um grupo de personagens diferentes que frequentam uma universidade comunitária, seria o mesmo paralelo com a escola pública brasileira, que tem fama (E, normalmente, comprovada) de ser ruim ou fraca. Para mim, a série não funcionou, não achei engraçada nem mesmo promissora, pode ser que engrene no próximo episódio, foi somente um primeira impressão, até porque temos o comediante veterano Chevy Chase, que deve ter visto alguma coisa no roteiro para embarcar na série.
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