Trazendo à Realidade – Capitão América
Um cara “normal”. Esse seria o tão amado Capitão América na vida real. Os pais de Steve Rogers, dois imigrantes irlandeses (Convenhamos, Steve Rogers é um nome muito pouco irlandês. Sean Clooney, Eblis O’Shaugnessy ou Mickey McFinnegan seriam nomes mais apropriados para um filho de irlandeses. Mas, divago.), vão para o grande Pub além dos campos de trevos antes que o pirralho chegue aos vinte anos.
Sendo um jovem de delicada compleição física (Leia-se: um fracote), e tendo certa habilidade para as belas artes (Descoberta após ser despedido duma obra – por não conseguir carregar dois tijolos por vez), Steve junta as economias, compra um cavalete, pincéis, telas e começa a pintar, sem sucesso. Como não consegue pagar a Guinness diária, resolve vender o corpo para as indústrias farmacêuticas, e se torna uma cobaia para remédios em fase de testes.
Os anos se passam. Steve está vivendo relativamente bem com seu emprego de cobaia humana, apesar de seu fígado ameaçá-lo constantemente de deixá-lo, devido ao abuso de remédios (Lembrem-se de que estamos falando de irlandeses. Álcool nunca foi ou será um problema). Nos domingos, ainda consegue vender um ou outro quadro em feiras hippies, e, enfim, ele tá sobrevivendo.
Numa quarta-feira qualquer, indo a um laboratório para pegar a dose semanal do mais novo remédio para cólicas intestinais, é informado de que há um novo tratamento, financiado pelo governo, que promete deixar qualquer um com um físico próximo à perfeição, mas há vaga para somente um participante. Nosso amigo irlandês-americano se candidata e, impressionando os avaliadores com seu físico de barbante, consegue a vaga.
Diferentemente dos outros testes de drogas feitos, este novo exige que Steve fique em ambiente controlado e sob constante observação, em um laboratório cuja localização permanecerá desconhecida. Alguns dias se passam, num regime constante de ingestão de remédios, injeções e horas dentro de um aparelho que parece um tomógrafo. A alimentação, também controlada, é em grandes quantidades horárias, contendo quantidades épicas de carnes e massas. No resto do tempo, ele é livre para fazer o que quiser, desde que não faça nada proibido.
Em uma semana, Steve, a vareta anêmica, se torna uma aberração de músculos que fariam o Conan se sentir inferiorizado. Impressionado, ele procura os diretores do local e procura se informar do que está acontecendo. Ao invés de respostas, ele obtém um convite para entrar pro exército americano, que estava financiando a pesquisa da qual ele se tornou cobaia. Convite negado, Steve recebe uma quantia considerável de dólares e volta pra casa.
Os anos se passam e Rogers, mesmo sem fazer exercício nenhum, continua com o físico de um Schwarzenegger sob efeito de esteróides. Assim, ele consegue um emprego como policial/segurança particular, e, junto com o dinheiro conseguido como cobaia, consegue fazer uma boa poupança. Ao chegar aos 70 anos, seria aposentado compulsoriamente, apesar de ter mais força e vigor que muitos jovens com um terço da idade dele. Só se encontraria com a irmã mais velha de Morpheus depois dos cem anos, provavelmente devido a algum acidente infeliz.
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