Tudo Não Passa de Alucinação

Livros sábado, 12 de junho de 2010

Se tem uma coisa que eu sou mais aficionado do que música, são as suecas os livros. Aquele interesse que nasce na infância, com os gibis da Turma da Mônica e vai crescendo aos poucos, se transformando naquele monstro de traças que fica na prateleira ou no armário mesmo.

Mas eu estive notando que a literatura brinca mais conosco do que temos noção. Não é como aquele Mario Bros. que te sacaneia fazendo um goomba aparecer do nada e acabar com tua última vida, da maneira mais estúpida. Não, os livros nos sacaneiam na surdina. Acho que eles até devem ter um sindicato próprio, desse jeito.

Esses dias tive uma epifania. Foi como se tivessem me jogado do topo do edifício mais alto da Matrix, sem direito a para-quedas ou mesmo um guarda-chuva. “E se tudo não passa de um devaneio, uma alucinação do personagem principal?”. A coisa vai além de até mesmo o Dom Quixote, louco por natureza, ou as bibagens conspiratória acerca do Bentinho e Capitu.

Vou explicar pra vocês. Quem ae leu Harry Potter, ao menos um livro? Levanta a mão.

Levanta a mão, porra, qual o problema?

Certo, continuemos. Aquilo tudo, magia, castelos, hipogrifos, Dona Morte travestida de sugadores de almas, fantasmas no banheiro e blá blá blá… Se eu te disser que tudo isso não passa da ilusão criada pela mente de um pré-adolescente, que, ardendo em febre, ACORRENTADO no seu quarto-armário, faz com que as coisas fiquem mais fáceis de suportar? Sim, Harry Potter não é bruxo, é um louco.

E que tal a maravilhosa História Sem Fim? Ouso dizer também que tudo não passa da imaginação do pequeno Bastian que, vendo-se sozinho naquele sótão, fica livre para criar um mundo todo seu. A Imperatriz Criança não existe aqui, e nem LÁ.

E assim se dá essa minha teoria. Raskolnikov não assassinou ninguém, ao menos conseguiu sair de seu quarto no hospício. Frodo, coitado, arcou com uma descendência de devaneios, que vem atacando mais forte desde a linhagem de Bilbo Bolseiro, outro que nunca enfrentou um dargão a não ser em sonhos. O pequeno Jim, nunca pisou numa ilha do tesouro. Seu pai o prendeu num quarto da pensão, com medo de seus ataques histéricos.

 Nunca houve um mapa do tesouro…

Você há de concordar com a teoria, principalmente se a história for bem fantasiosa. Mas cá entre nós, deixe-a de lado. Ela tem um poder de destruição muito grande, e tira praticamente toda a graça das histórias.

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