Um apanhado do que Derrubou a Temporada 2008/09

Sit.Com terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ao invés de fazer listinhas com o que de melhor foi exibido ou não neste temporada, até porque o momento certo destes balanços é em maio ou junho quando verdadeiramente terminam as temporadas das séries e não neste intervalo do fall season. Por isto resolvi fazer um apanhado do que de pior foi exibido em tramas, personagens ou elenco nesta primeira parte da temporada das séries que eu tive coragem de assistir ou ainda assisto. Vamos as séries e suas desgraças:

*** Cuidado com possíveis spoilers***

Heroes

O caso de Heroes é o mais grave dentre as série sensação. Em sua 1ª temporada, viu sua audiência cair a cada episódio que exibia até chegarmos ao fim do volume III (Villains), exibido há uma semana na tevê americana. Mesmo com seu criador, Tim Kring, reconhecendo seus erros na série, fica difícil imaginar o esforço de um escritor em entregar uma trama tão confusa e cheia de buracos como a que Heroes apresenta há mais de um ano. São idas e vindas no tempo completamente desnecessárias, atores ruins (alguém me explica qual o parentesco de Mohunder com Kring, porque somente isto para justificar sua presença ainda na série, ainda mais neste seu momento médico/monstro) e personagens sem carisma (Ali Larter já teve três chances, Nikki, Jessica e Tracy e ainda não entregou uma personagem decente).

E para piorar os poucos personagens que eram interessantes como Mr. Bennet, Angela Petrelli, Hiro Nakamura (que se transformou numa caricatura de si mesmo), Claire e, principalmente, Sylar quase foram “queimados” nesta temporada com as reviravoltas rísiveis armadas pelos roteiristas. No balanço final, sobra a expectativa de uma melhora – sempre quebrada – das tramas na série, no entanto teremos o retorno do roteirista Bryan Fuller (criador de Pushing Daisies de volta à série depois de participar da 1ª temporada) e o gancho para o 4º volume (Fugitives), mesmo sendo cópia descarada de X-Men.

Grey’s Anatomy

De melhor novelinha da tevê americana atualmente, ainda perde para Desperate Housewives em audiência, Grey’s Anatomy vem apresentando problemas em seus arcos narrativos (histórias que duram mais de um episódio, comuns na série) desde a 4ª temporada. Desde a saída da Dr. Addison (atualmente, meio perdida em sua própria série, Private Practice, que tem audiência meia-boca e qualidade também) e Dr. Burke, a série não foi mais a mesma, tem seus momentos, mas cada vez mais isolados. Os melhores personagens nem sempre tem o espaço devido (a exemplo da Dra. Yang e  Dra. Bailey) e alguns parecem esquecidos como George, que inclusive, parece ter pedido para sair da série ou mesmo o sumiço ditatorial da personagem da Dra. Hanh, que fazia o par com a Dra. Callie, um absurdo para a trama das personagens.

Pelo menos Sondha Rhimes, resolveu o chove-não-molha da vida amorosa de sua protagonista, Meredith, com Richard. No entanto, nada é mais vergonhoso do que o retorno “Ghost” do personagem de Jeffrey Dean Morgan, o famoso Denny Duquette, para assombrar e outras cositas más, a desperdiçada Katherine Heigl, a Dra. Izzie Stevens, que atualmente anda se dando muito melhor no cinema. Chega ser constrangedor suas cenas com Denny, visto que esta série não é nem Medium muito menos, Ghost Whisperer para mostrar relacionamentos pós-morte. Este erro é gravíssimo para o andamento da série e a Shonda vai ter que suar muito a camiseta para justificar esta trama.

Prison Break

Uma palavra define Prison Break: INVEROSSÍMIL. Mesmo tendo uma temporada eletrizante e tensa, a lá 24 Horas, confesso que não consigo engolir tantas reviravoltas e mudanças de personagens e situações, sinto que a série se transformou e não evoluiu como seria o correto. Não tenho mais paciência para alguns rombos nas tramas, nem mesmo para alguns personagens como Michael, Sarah, Lincolm, Gretchen e o fraco agente Self. Sinceramente, estou acompanhando para, se tiver sorte, ver o encerramento da série nesta 4ª temporada, que inclusive não consegue melhorar a audiência.

Eleventh Hour

Série de Jerry “Mão de Midas” Bruckheimer (CSI e outras séries policiais), com enredo sci-fi esperto e bem embaçado; um protagonista marcante, mas nada especial, Rufus Sewell, porém a série não consegue estourar. Motivos: a fraca química de Sewell com a atriz Marley Shelton (muito ruinzinha), como a agente Rachel Young, e até agora, a trama não procurou explicar qual por qual motivo o Dr. Jacob Hood trabalha junto ao FBI, quem afinal comanda estas investigações e  a quem os personagens respondem. Seria um tipo de Arquivo X não assumido? Faltam mais informações para atrair o público e fazê-lo se identificar com o protagonista.

Life on Mars US

A única estréia de peso na temporada do canal ABC foi o remake da fantástica série inglesa, vencedora de 2 Emmys internacionais, Life on Mars. Para quem acompanhou a série inglesa a diferença é absurda, mesmo com um elenco americano bastante promissor (pelo menos no papel).

Séries que ninguém vê

Mesmo que tenham algum público alvo, específico e fanático, é inevitável observar que estas séries, algumas já canceladas e outras não, renderam muito pouco para seus canais. Eli Stone; série ok, cheia de bom humor e com um elenco marcante (como não admirar o talento musical de Victor “pai de Sidney Bristow” Garber em cena), teve um início avassalador com as participações de Sigourney Weaver e da fraquinha Sra. Tom Cruise, Katie Holmes.

Pushing Daisies, eu lamento profundamente o cancelamento desta mágica série, uma pena a baixíssima audiência, mas a série não funcionou para o público em geral. Foi uma estrutura muito inovadora para a telinha, um misto de comédia com casos policiais em tom de fábula. Claro que neste retorno para a 2ª temporada faltou um pouco mais de acontecimentos para a série andar, no entanto, neste meio de temporada, as coisas estão ocorrendo de maneira satisfatória para todos os personagens, principalmente, Ned e Chuck, não esquecendo os ótimos Emerson e Olive, mas já era tarde, e a série foi cancelada.

Outras séries que ninguém viu, nem mesmo eu, Dirty Sexy Money, Crusoé, Knight Rider, Lipstick Jungle, My Own Worst Enemy, Terminator – The Sarah Connor Chronicles.

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