Um Drink No Inferno – A Série

Televisão sexta-feira, 11 de abril de 2014

Por muito tempo o cinema mamou nas tetas de livros, quadrinhos e séries, e parece que agora alguém da televisão teve a não tão brilhante ideia de mamar nas tetas do cinema e transformar em séries filmes que marcaram época. Mas como dito aqui, é realmente necessário contar uma história em 13 episódios de 45 minutos cada se o filme já conseguiu fazer isso em 2 horas? Maldita seja essa grana, Batman.


Adaptação do filme cult Um Drink no Inferno, de 1996 — que teve Harvey Keitel, George Clooney, Juliette Lewis e Quentin Tarantino no elenco, a série segue os irmãos e ladrões de banco Seth (D.J. Cotrona) e Richie Gecko (Zane Holtz) enquanto eles fogem do FBI e do xerife Earl McGraw (Don Johnson). A produção conta com o mesmo cenário do longa metragem de Robert Rodriguez, no qual um grupo se refugia em um bordel que é, na verdade, um lar para vampiros. O diretor do longa-metragem trabalha como um dos produtores-executivos da série.

Porra, é isso. A série é praticamente a mesma coisa do filme, só que eles demoraram 3 episódios pra contar o que acontece nos primeiros 20 minutos do filme. Na série, Richie Gecko, interpretado originalmente por Tarantino, é escolhido pela semi deusa serpente pra libertá-la e blá, blá blá… Na realidade a série parece querer dar um tom sério completamente desnecessário ao mundo de Um Drink no Inferno. E é claro que como toda série, há a punhetação.

Por falar em punhetação…

Personagens como a ex-mulher de Seth ou o texas ranger que quer vingar seu mentor morto na loja de bebidas logo no início não servem pra porra nenhuma além de encherem nossos pacovás. O fato de Carlos, sujeito que está ajudando os irmãos Gecko a atravessar a fronteira ser também um “vampiro” já muda completamente o final da história, e há também a construção de um drama desnecessário pro Pastor Jacob e sua família, já que na série, o pastor estava bêbado e foi o responsável pela morte da esposa, coisa que ele esconde de seus filhos, mas não muito bem. A série também constrói toda uma mitologia sobre os seres do bar, que são “vampiros”, mas não do modo que conhecemos. Ao que tudo indica, existem 9 deuses aztecas responsáveis por aquelas criaturas, onde talvez cada um seja um animal diferente. Por isso alguns “vampiros” parecem cobras, outros ratos e alguns são morcegos mesmo, além de outras 6 criaturas ainda não reveladas. Ou não, afinal, estou apenas teorizando com as informações que a série me passou até agora.

E eu espero sinceramente que os personagens de Tom Savini e Fred Williamson, Sex Machine e Frost, também apareçam na série, já que eles são completamente essenciais para a porradaria no final do filme. E por falar em final do filme, a série, que até agora exibiu 3 episódios, já foi renovada para uma 2° temporada. Mas pera lá, o que diabos eles vão contar nessa 2° temporada? Eu espero que não aquela porcaria chamada Um Drink No Inferno 2. Porém, o fato de terem utilizado Robert Patrick, protagonista do segundo filme, para interpretar o pastor Jacob na série, pode ser um sinal de que eles pretendem mostrar, nem que de forma rápida, alguns personagens do filme, que só serviu pra nos mostrar que existe outro bar de “vampiros” chamado também de Titty Twister.

Sim, eu sei que o próprio Robert Rodriguez é o responsável pela série. E não, eu não quero dizer que a série é ruim, muito pelo contrário, ela é muito boa e fiel ao filme, mas como disse antes, vão ter que encher muita linguiça pra essa história render 10 episódios. De qualquer jeito, aguardamos a parição de Danny Trejo, o mito.

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