Vida offline, você pode ter uma
Oi, criaturinhas dessa internet violenta e maldosa que nos cerca (#googlefail).
Essa semana começaremos com um fato: depois que comecei a revisar/escrever no Autogamer, venho tentando ter mais contato com games. Isso gerou duas consequências:
1, tive ataques ao tentar encontrar jogos para o público feminino, o que, em combinação com doses letais de álcool, gerou a coluna passada;
2, me cadastrei em alguns games online, como o tal de Travian (sim, eu vi um advertise qualquer por aí e cliquei).
O jogo é divertido, embora eu esteja realizando um esforço hercúleo pra seguir jogando. Não lembro de algum dia ter tido contato com Age of Empires, mas vi comentários de que é parecido.
Você começa escolhendo a sociedade que prefere: teutões, romanos ou gauleses. Basicamente, os teutões são saqueadores e maldosos violentos, os gauleses têm seu ponto forte na defesa e os romanos são o exemplo mimimi de eficiência (ou seja, indicados para os iniciantes).
O jogo te mostra passo a passo como administrar sua aldeia, construir prédios engraçadinhos e aumentar a produção de matéria-prima.
O problema é que, pra você evoluir no jogo, é preciso passar praticamente fuckin’ 24 horas por dia conectado. Terminando uma tarefa, você deve começar outra, e outra, e outra em seguida, ad infinitum. Os nerds que consultei me disseram que isso torna a bagaça muito viciante (o que, aparentemente, é bom).
Agora me diz como a criatura que está entre os primeiros lugares do ranking no Travian pode ter vida?
Não que qualquer um aqui no AOE possa dizer que tem vida (ao menos, não a convencional vida offline). Mas sempre lembro do meu primo, um gamer totalmente viciado, que basicamente passava três horas do dia comendo, cinco horas dormindo e as dezesseis restantes jogando.
Esse retardado aí eventualmente reduziu seu horário de jogo, começou a namorar uma gordinha, entrou pro exército (!), começou a trabalhar… Certeza de que ele ainda joga, mas isso deixou de ser uma prioridade pra ele.
Continuo dizendo que Travian é divertido. Mas há uma linha tênue entre diversão e insanidade, véi. Eu falaria o mesmo sobre o meu vício de séries. Já teve época que eu me atrasava para o trabalho só pra terminar de ver um episódio de Gilmore Girls.
Eu não vou sair dando fórmula pra nerd maldito criar vida social. Fique longe de mim e volte pro seu Final Fantasy.
Você nunca é convidado pra festa nenhuma, vive passando sua noite de sábado jogando WoW e quer mudar isso? Quer conhecer mulheres de verdade e parar de depender do AutoSex pra se aliviar? A única coisa que funciona é sair e dar a cara ao tapa. Ir pro bar, ir pra faculdade. Conversar com as pessoas.
Isso não significa deixar de jogar. Só significa que, em vez de imaginar estar abraçando a Lara Croft quando vai dormir, cê pode abraçar uma gordinha verdadeira. Se der sorte, uma como a Bel, que além de ser um sex symbol e inteligente, adia compromissos por causa de God of War 2.