Xbox no Brasil e o Atari da Tia Dilma

Games quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Dia desses foi oficialmente anunciada a vinda o Xbox para o Brasil, ou seja, o console passará a ser feito aqui (Bem, não aqui, mas em Manaus), o que reduz os preços da coisa, bem como jogos e coisas do tipo. Além disso, o governo anunciou que “investirá milhões” na indústria nacional de jogos, e com tudo isso, não posso deixar de me perguntar “porra, de novo?”

Anos atrás, quando a indústria de games começou a crescer de verdade, deixando de lado aquela pequena parte da população de já conhecia a coisa (Lê-se “nerds”), para cair nas graças do grande público, muitos países viram uma oportunidade de negócios, mas ninguém imaginou que este mercado movimentaria bilhões ao ano, chegando próximo de mercados consolidados, como o turismo, os cosméticos e o contrabando. Graças à isso, naquela época, muitos países não investiram nesse mercado, e o Brasil foi um deles, mas a grande questão é que 20 anos depois disso, depois de muitos outros países (Como a maioria da Europa) já terem entrado neste mercado, o Brasil continua cagando pra coisa toda!

Não lembro quando (E não estou afim de ir procurar) o governo anunciou que investiria no mercado de jogos, criando condições favoráveis para que a indústria se instalasse aqui, o que na real significava que consoles, jogos, gadgets e todo o resto seria taxado em 32632% e que o Ministério da Cultura passaria a fazer empréstimos (Devidamente desestruturados) para quem quisesse criar um jogo (Tipo aquele que a Maria Bethânia usaria para criar um blog). Eu sei que é batido falar dos altos preços brasileiros, e todo mundo sabe que 99,9% dos jogos feitos no Brasil até o momento são umas porcarias, mas ainda sim, o que a porra do governo considera como “incentivo”?

É impressionante que o Brasil continue dando a bunda para um mercado tão grande, valorizado e (Quem diria) importante quanto esse. Claro que nosso amado país faz isso com um monte de coisas enquanto ainda promove o carnaval de Salvador, mas porra, os video-games foram criados há 35 anos, o mesmo tempo que a Fiat está no Brasil, e você vê milhares de Fiats por aí, mas conta nos dedos quantas pessoas tem um PS3 que não seja roubado. Obviamente que eu sou suspeito para falar sobre isso, já que passei boa parte da minha vida com um DualShock na mão, mas ainda sim, é uma chance boa demais para não ser aproveitada!

Eu nem me incomodaria de pagar juros (Mentira, eu me incomodaria, mas falar que não fica mais bonito) se os video-games fossem vendidos de forma oficial aqui no Brasil, com assistência técnica, variedade de jogos e os serviços on-line (Tipo a Live e a PSN) no nível da internacional (Porque todo sabemos que quando esses serviços vierem para cá, será uma versão “mini” da coisa). Aliás, se os consoles viessem com as mesmas configurações já seria uma vitória, afinal, quem quer uma versão com apenas 4GB enquanto há a versão com 250GB?! E tem a questão da dublagem dos jogos: eu gosto de ver um jogo no meu próprio idioma (Ponto para Speed Racer, que graças ao patrocínio da Petrobras vinha com o português “de fábrica”), mas não é por isso que eu quero ele APENAS no meu idioma, eu quero a versão original!

 Às vezes me pergunto como seria se o Brasil ainda fosse império…

Não sei se é porque estou ficando mais velho, mas cada vez mais acho que a melhor coisa para o Brasil seria colocar um argentino no governo, pois ele iria foder menos com o país do que nossos políticos atuais. Enquanto o país não eleger pessoas com visão real de economia, política, mercado de trabalho e tudo mais, continuaremos dando as costas para oportunidades incrivelmente fodas de crescimento, continuaremos com o mesmo pensamento econômico (E político… e social) estúpido e continuaremos jogando nossos Zeebos.

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